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12 de setembro de 2016

Diário da minha existência #01

Meus altos e baixos na vida criativa não são como montanhas russas. Montanhas russas são variações leves. Meus altos e baixos são como pular de penhascos absurdamente mortais, praticamente se afogar no processo e ter que subir tudo de novo se equilibrando nas pedras.


Já falei que eu sou dramática?


O fato é que eu passo por essas fases de querer escrever milhões de textos, virar youtuber, trabalhar loucamente, começar uma nova faculdade, adotar um estilo de vida maromba fitness TUDO AO MESMO TEMPO e outras fases em que quero apenas existir, fazendo scroll nas timelines de todas as redes sociais deitada na minha cama comendo pipoca por dias.


Acho que está bem claro pela frequência de posts nesse blog em que fase estou.


Mas ai rola a culpa né? De vir aqui, dar uns sinais de vida e tals para as duas ou três pessoas que me leem (a maioria amigos obrigados).


Daí que vai rolar um post diarinho sobre o que ando fazendo porque to vendo em outros blogs e em umas newsletter que assinei (vocês já tão assinando newsletter loucamente também?) e sou esse tipo de pessoa que quero escrever só porque todo mundo está.


~ Lendo


Sou uma mulher de fases como já descrito anteriormente nesta mesma lauda de autocomiseração. Não é diferente com os livros que leio. Ando tão fútil das idéia (com acento sim) que só ando lendo essas histórias de amor que a mocinha é decidida e moderninha, encontra o carinha que é pegador e não quer compromisso aí eles magicamente se apaixonam, SEXO SEXO SEXO, rola umas treta e eles ficam juntos no final. Sabe?  Acho que já li pelo menos uns 20 livros nesse estilo esse ano.


Comecei com a série (porque são séries né mores) dos irmãos Maddoxx, pulei para uma série cujo primeiro livro se chama "Sedutor Selvagem Irresistível" (perceba, Ivair...), depois cai nos encantos de Collen Hoover, pulei para os jogadores de Hockey da Elle Kennedy, passei pelos advogados de Emma Chase e tô agora meio perdida, meio querendo uma mão pra me tirar desse poço, meio relendo os mesmo livros tudo de novo nas partes que mais gosto.


Não prevejo solução pra mim em curto prazo.


~ Assistindo


Stranger Things, né quiridas. Acho que desde Breaking Bad uma série me prendia tanto. Fiquei com medinho de começar já que cagona é meu sobrenome, mas assisti pelo menos seis episódios de uma sentada só. Já amo todos os personagens (Eleven <3), assisti todas as entrevistas e vídeos sobre a série e os atores no youtube e já li todas as teorias.


Já disse que sou obcecada?


Também tô assistindo Sol Nascente HAHAHHAHAHAH sério. A novela das seis que estreou. Assisto na internet depois, pois tenho mais o que fazer na hora que passa a bendita na Globo. Historinha clichê bobinha que nem todos os livros que ando lendo, mas fazer o que se tô gostani? A gente não controla o coração sabe. E tem a Giovana Antoneli cuja existência eu não sei LHE DAR. Acho linda, acho maravilhosa atriz, admiro a capacidade de se transformar completamente entre um personagem e outro e quero comprar tudo que ela veste. Também não podemos deixar de falar de Bruno Gagliasso que olha, não tá fazendo aniversário, mas tá de parabéns. Sempre achei ele com aquela beleza meio almofadinha que não me apetece, mas nessa novela ele tá merecendo mesmo uma salva de palmas. Quando que ele virou esse bad boy sexy sofrendo de amor mesmo?


~ Ouvindo


Sofrência. Sério, CHAMA O CHAMU pra me tirar desse poço fundo aqui gente.


Marilia Mendonça, Jorge e Mateus, Henrique e Juliano, Naiara Azevedo, Até Luan Santana véi. Gosto de falar que aprecio ironicamente essas músicas (autoconvencimento é tudo né migas), porque vocês já viram as letras? Eu me divirto. Uma música que contém a seguinte frase "não sei se dou na cara dela ou bato em você" merece ser estudada como peça antropológica.


                                                                   < - > 


Queria ~estar fazendo uma seleção de links amorzíneos das coisas que li por aí e curti mas serei franca aqui e direi que minha capacidade para fazer isso está extremamente comprometida. Prometo (promessas...) que nos próximos diários da minha existência estaremos melhor preparados para o seu entretenimento.


A direção.


1 de agosto de 2016

Sobre mudança de perspectivas.





Esse final de semana, como muitos nos últimos tempos, eu passei sozinha no interior do Estado, que é o local onde eu trabalho e vivo a maior parte dos meus dias. Acontece que quando não viajo pra casa, fico completamente sozinha e ociosa numa cidade sem nada pra fazer e acabo ocupando o tempo com muitos, muitos, filmes, séries, livros e afins.

Dai que assisti Vicky Cristina Barcelona. Eu sei, o filme é velho, mas me deixa, não tinha visto ainda. E aí, empolgada com Scarlet Johanson  ~porque quem não, não é mesmo? Deusa. Fica estranho eu dizer que queria ter aqueles peitos?~ assisti de novo Diários de uma babá ~ que também tem o Chris Evans multiplica Deus ~.


Apesar de aparentemente parecer que não, os filmes apresentam absolutamente a mesma temática: aquele momento que você reavalia a vida e seus planos quando se coloca numa perspectiva de vida completamente diferente.

As norte-americanas Vick e Cristina resolvem passar o verão em Barcelona (o que fazer com a vontade de embarcar prá lá amanhã?) e apesar de estarem uma em cada momento da vida, uma com tudo aparentemente certo e uma com tudo desmoronando, ambas se colocam em situações que as fazem questionar se realmente sabem quem são, se se reconhecem nos seus próprios destinos, se estão ok com seus planos de vida ou com sua falta de planos de vida.

Da mesma forma, Annie surta quando é questionada numa entrevista sobre "Quem é Annie?" e parte para uma função de babá, completamente diferente da carreira de finanças para a qual se preparou durante seus últimos anos na faculdade, com o objetivo de pôr a cabeça no lugar e realmente decidir sobre que rumo tomar na vida.


Se colocar numa nova perspectiva é sempre revelador. É como se nossa vida fosse nosso quarto que gente conhece bem, dorme todo dia nele, já sabe até de cor aonde estão as manchas nas paredes, mas de repente, por causa de uma reforma, se vê olhando o mesmo cômodo de um canto totalmente novo e talvez repensando o potencial de tudo aquilo pra ficar muito melhor do que era. Ou pra fechar o caixão e decidir que definitivamente precisa de um quarto novo porque aquele já não te cabe mais. Fisicamente falando ou não.

Às vezes essa perspectiva vem de livre espontânea vontade. Você decide como Vick e Cristina, fazer aquela viagem ou aquele sabático. Ou às vezes somos simplesmente forçados a ela, como Annie, que precisava de dinheiro enquanto a mãe rica do Upper East Side precisava de uma babá.  Certo ou tarde a perspectiva vai acontecer na nossa vida e por mais que tentemos, jamais estaremos preparados para passar por ela com maturidade. Porque ela acontece pra mexer com nossa estrutura mesmo e quase sempre estamos tão agarrados às nossas certezas que mudanças são quase cirurgias. Na maioria das vezes sem anestesia.

Mas o que importa mesmo é que no fim sempre saímos diferentes. Veja bem, não necessariamente saímos bem, porque o final não precisa ser feliz. (E o que é felicidade afinal?). Às vezes o furacão vem, derruba umas telhas, mas sua casa permanece de pé. Você pode ter umas goteiras na próxima temporada de chuvas, mas agora sabe que a estrutura da sua casa é firme e que não cede pra qualquer tranco. 



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