Outubro rosa, vovó nada fofa e o dia que eu descobri que tinha um nódulo

O que tem a ver uma coisa com a outra, Nayhara?

A resposta é simples: Câncer de mama.

Chega outubro e começa essa campanha linda que saiu da mente de pessoas maravilhosas que decidiram se unir para conscientizar mulheres a respeito da prevenção e do diagnóstico precoce de uma doença que leva de nós tantas pessoas queridas e tantas pessoas desconhecidas no mundo inteiro.

Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, o câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. No ano de 2010 ocorreram 49.240 novos casos de câncer de mama no Brasil, sendo superado apenas pelo câncer de pele. No ano de 2008, 11.860 mulheres morreram por causa do câncer de mama.

São números alarmantes.

Agora do ponto de vista de quem viveu o problema dentro da família, diria que é um diagnóstico assustador. Primeiro que a palavra câncer ainda tem um impacto na nossa mente como se tivéssemos sido arrancados do chão por um tornado e sido lançados a quilômetros de distância, como se o ar fosse arrancado dos pulmões e as palavras da mente. Depois que ainda temos aquela mania idiota de achar que acontece com todo mundo menos com você e os seus. Aconteceu com a minha vó.  Uma senhorinha de cabeça branca, com os netos grandes, vivendo uma vida pacata. A possibilidade de perdê-la para a doença foi assustadora, revoltante. Mas o câncer estava no início, foi tratado, curado e hoje, 12 anos depois, ela continua ai, meio “pedra meio tijolo”, mas a mesma vovozinha respondona e maluca que eu tanto amo.

Não acredite nesse sorriso fofo, essa senhorinha é terrível!!! Mas amo tanto que nem cabe no peito!

E ai que chegou agosto desse ano, fazendo uns exames de rotina, minha médica pediu uma ultrassom de mama, só pra avaliação, pelo histórico... e ele apareceu lá... 0,7mm de nódulo. Segundo minha médica, precisávamos investigar. E por motivos que são longos demais pra explicar eu só poderia realizar a mamografia agora em outubro. Foram dois meses de agonia. Eu não queria dizer para minha família que estava com MUITO medo. Mas estava. Podia ser insignificante de tamanho, podia ter escutado histórias de amigas falando que tinham tido nódulos também e que não eram nada demais, mas a verdade é que nada disso me fez ficar com menos medo. 

Outubro chegou e eu finalmente fiz a bendita mamografia. Tá tudo bem, não tem nada! O tal nódulo nem apareceu no exame... Sai de lá 5 toneladas mais leve.

Mas sei que, como todas as mulheres, não posso descuidar, que preciso me vigiar e me examinar e me conhecer... todos os meses do ano.

Um dos textos mais tocantes que li nesse outubro rosa sobre o assunto está no site Lugar de Mulher e se chama “No início é sempre melhor”. Entre, leia e se emocione. Vale a pena.

Se cuide!