Minhas leituras em Abril/Maio/Junho

O drama de Março continuou nesses meses, pra quem não leu é só clicar aqui. Mas mesmo assim consegui engatar em boas leituras seguem meus comentários valiosos.

No Mundo da Luna– Carina Rissi

O que achei: 

Pra quem não viu, a Bibi já fez uma resenha desse livro aqui no blog há um tempo atrás. Achei o livro uma delícia de ler. A Carina Rissi tem um jeitinho especial de contar histórias de romance água com açúcar, desses que a gente já sabe que vai ficar tudo bem no final, mas se surpreende e se emociona no caminho. Na real, acho que ela tem uma boa mão pra roteirista, porque sempre consigo imaginar os livros dela como filmes de comédia romântica daqueles que a gente vê vinte vezes e não enjoa.

Objetos Cortantes – Gillian Flynn

imagem: http://livrarium.com.br/

O que achei: meu primeiro contato com a autora foi em Garota Exemplar que eu achei simplesmente fantástico. Curti demais. Inclusive o filme que adaptaram da obra dela, coisa rara de acontecer. 

Objetos Cortantes é o livro de estreia da Flynn e não me decepcionou nem um pouco. Tem tudo que curti em Garota Exemplar: tem suspense, personagens super estranhos, história magnética, sustinhos até a ultima página e essa capacidade da autora de imprimir nos personagens o que de mais podre pode existir no ser humano. 

O nome da personagem principal é Camille, que é recém-saída um hospital psiquiátrico pela mania de se cortar. Ela também é repórter de um jornal em Chicago e é obrigada a voltar à Wind Gap, sua cidadezinha natal no interior, para fazer uma matéria sobre o assassinato de uma garotinha e a possível ligação com o sumiço de outra menina.  Não bastasse o clima de crime contra criancinhas, a já perturbada Camille vai mostrando para nós o mundo em que nasceu, com uma mãe esquisita e neurótica, um padrastro apático e uma meia-irmã que ela mal conhece, mas se mostra bastante perturbadora. Enfim, se você gostou de garota exemplar tem que ler Objetos Cortantes. Na minha lista de leituras, Lugares escuros está entre os próximos, porque a Gillian me cativou!

 

 Ensaio sobre a Cegueira – José Saramago

O que achei: 

Esse livro merecia um post especial só para ele, porque foi simplesmente um dos melhores livros que já li. Serião. Talvez eu faça mais para frente. Não to querendo pagar de intelectual porque é Saramago e tal, mas o fato é que ele não ganhou Nobel a toa sabe.

Demorei pra ler. O livro é pequeno, tem pouco mais de duzentas páginas. Mas ele escreve de uma forma muito diferente, os parágrafos são todos esquisitos, começam do nada e terminam do nada também. Me perdia, tinha que voltar, reler. Mas pensava assim “É o Saramago, Nayharinha, você que se adapta a ele”.

Só que a história é tão magnética que você quer muito ler, quer muito terminar. Terminei. Amei. Me emocionei. Me choquei. Pensei. Refleti. Acho que algumas cenas ali ficarão na minha memória pra sempre, sabe? É um livro sensorial.  

O filme é excelente também, vale a pena!

E não é pelo fato de ter uma história em que todos estão cegos, não é isso. Até porque a história é contada em terceira pessoa. E tem uma pessoa que não fica cega. Mas é que tudo é descrito de forma tão crua. Tão visceral. É difícil não se envolver. Não se imaginar naquela situação. Não julgar os personagens por suas decisões e ao mesmo tempo saber que na pele deles faria algo igual ou parecido.

Saramago precisa ser lido. Todos os outros livros dele já estão na minha lista sem fim de leituras.

Nós – David Nicholls

imagem: http://benditacuca.com.br/

O que achei: Olha eu não tenho bola de cristal não, mas prevejo muitas pessoas falando mal desse livro. Eu amei.  Não sou do contra não, mas é que eu amo o Nicholls e a forma como ele descreve os sentimentos e as personalidades humanas e, principalmente, os relacionamentos, de uma forma bem real, que eu me identifico. O livro me fez rir, me emocionar, dobrar páginas com quotes que amei. Já li não esperando um granfinale, mas aproveitando a viagem, sabe? Por isso que eu digo que muitos não irão gostar. É um livro pra degustar. Às vezes cansa um pouco no excesso de descrições, mas vale a pena.

O livro conta a história de Douglas Petersen, um bioquímico de 54 anos, e sua família, Connie, com quem é casado há 25 anos e Albie, seu filho de 17 anos que está prestes a ir pra faculdade. Eles planejaram um Grand Tour pela Europa para comemorar as ultimas férias com Albie antes dele ir para a faculdade. Acontece que pouco tempo antes da viagem Connie fala que quer se divorciar. O chão de Douglas abre, ele não sabe o que fazer, quer cancelar tudo, mas Connie não deixa. E eles partem nessa viagem, nesse clima louco, com Douglas tentando fazer das férias um resgate da família enquanto Albie tenta fugir, afinal de contas que quer viajar por Amsterdã com os pais?

A história vai sendo contada em capítulos bem curtinhos alternando entre a viagem, o passado de Douglas e Connie, além de viagens e teorias de Doug...enfim...

Como eu disse no meu instagram, esse livro foi como um amigo de longa data que vem te visitar, te proporciona bons momentos, risadas, reflexões, emoções e que dá aquela saudade gostosa quando vai embora.

Falem o que for, mas eu amei “Nós”.

E vcs? o que estão lendo? já leram alguns desses? Me contem o que acharam!