Leituras de Março vulgo Mês Infinito

Sabe quando a gente fica meio aéreo que não consegue se concentrar em nada direito?... Meu mês de Março infinito (esse mês teve 730 dias, gente) foi assim. Nada produtivo literariamente falando.

Comecei trocentas coisas que foram largadas pela metade, ou antes da quinta página, mas com muito esforço consegui duas leituras que me fizeram garrar amor.

E ainda escrevo esse post em plena TPM o que pode gerar um plus de drama e ódio. Descontaeh. 

Minha Querida Sputnik–Haruki Murakami

mil capas! 

O que achei:

Olha não vou mentir. Tô tentando entender esse livro até hoje. Pode me chamar aí de superficialzinha.

O livro conta a história de um cara (ele não conta o nome, então continuarei chamando de cara) que na verdade está contando a história de uma moça: Sumire. Eles se conheceram na faculdade e tem uma grande amizade, apesar dele deixar explicito que quer algo a mais com a moça. Ela, em contrapartida não quer nada com o cara nem com ninguém. Sumire me parece ter um pouco de fobia social que ela só vence com o Cara. Isso até conhecer Miu, que é uma empresária, mais velha que Sumire. Elas se conhecem numa festa e Sumire se apaixona por Miu. 

A normalidade desse livro só vai até aí. A história vai se desenrolando numa cadeia de acontecimentos muito esquisitos que o autor mescla realidade com fantasia com sonhos com viagens na maionese... chega  um tempo que você para e pensa “o que diabos é isso que acabei de ler?”

Terminei o livro e fiquei pensando sobre tudo aquilo por dias e até hoje não cheguei a uma conclusão. Mas talvez seja esse o objetivo do autor, afinal. 

A verdade é que a escrita do Murakami é muito cativante e você vai se envolvendo naquilo... o texto vai te abraçando, você não consegue largar. Eu já queria ler algo desse autor há algum tempo e acho que não foi uma boa primeira experiência, porque apesar de querer ler mais coisas dele, sempre vou coloca-lo na estante do “quando eu estiver disposta a voar”.

Simplesmente Acontece -Cecilia Ahern

Não achei a capa brasileira sem ser a capa do filme =(
Aliás odeio capas de livro com foto do filme!

O que achei:

Eu comecei a ler esse livro porque ia lançar o filme e eu tenho esse TOC de não ver o filme antes de ler o livro. 

E mais uma vez não me arrependi da minha obsessão. Li o livro e assisti o filme e NOSSA, são duas histórias diferentes com os mesmo personagens, gente. Sério.

Não que eu não tenha gostado do filme, não é isso. Eu gostei muito. Mas não chega nem perto da profundidade e das discussões e reflexões que o livro te traz.

O livro é uma delícia de ler a começar pela forma como é escrito: todo em recados via bilhete, cartas, e-mails, mensagens de texto... A autora foi extremamente feliz e conseguiu fazer a gente construir todos os personagens na mente com profundidade.

O livro é sobre Alex e Rosie e sua amizade/amor desde a infância, mas mais que isso, o livro é sobre a vida como ela é: cheia de oportunidades perdidas, sonhos abandonados, desilusões, burradas. O livro conta a parte chata que não está nos contos de fada. 

Eu terminei esse livro em menos de dois dias e foi uma experiência intensa, eu vivi aqueles sentimentos todos, senti raiva, senti alegria, ri e até suei pelos olhos. Mexeu comigo de verdade. 

Vinicius de Moraes disse que “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.”. Alex e Rosie com certeza concordam muito com ele.

Gostei MUITO da personagem Rosie, me identifiquei com o humor, a acidez, o pessimismo e até o conformismo em determinadas situações.

Se você quer um romance sem clichê, recomendo demais esse livro, com estrelinhas e coraçõezinhos.

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E vocês? o que andaram lendo?